Evento fechado reuniu mais de 200 empresários com foco às oportunidades e aprendizados de negócios entre Brasil e Estados Unidos
Orlando, 28 de fevereiro de 2023 – O ex-presidente Jair Bolsonaro e o economista Ricardo Amorim participaram do SA Summit que aconteceu ontem (27) no hotel The Ritz-Carlton, em Orlando. O evento, voltado para empresários brasileiros que moram e têm negócios na Flórida, foi realizado e idealizado pela SA Finance & Accounting, empresa de finanças e contabilidade que deseja trazer um porto seguro para empresários e executivos nos Estados Unidos, atendendo negócios dos mais variados portes, e por Carlos Arruda, presidente da CAVA Holding USA. Outras personalidades presentes no encontro foram Bruno Portigliatti, presidente da Florida Christian University, e Rick Singh, CFA da Rirs.
Arruda abriu a programação do evento explicando que a ideia do encontro surgiu como forma de evitar que mais brasileiros percam dinheiro devido à falta de conhecimento da realidade e do mercado locais. Carol Sousa, CEO e Founder da SA Finance & Accounting, destacou que o SA Summit 2023 foi um sonho que se iniciou no processo de evolução e desenvolvimento contínuo da SA Finance & Accounting junto Arruda: “O SA Summit é muito mais do que um evento, é um propósito de desenvolvimento. A missão dele é colaborar de forma disruptiva e impactante no desenvolvimento das atividades econômicas dos brasileiros na Florida. Assim consolidando nosso poder de empreendedorismo e realização” enfatizou a CEO.
O encontro teve início com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que falou sobre os problemas atuais, mas destacou que acredita no Brasil. “O Brasil é uma potência. Somos uma potência no agronegócio e na questão mineral”, afirmou. Ele também citou as medidas tomadas em seu governo para facilitar a abertura de empresas, com a redução de prazos e burocracias.
Após a palestra, foi realizado um painel de debates, liderado por Bruno Portigliatti e por Carol Sousa, que também contou com a participação de Bolsonaro, além do CPA Phil Fleishman. Durante a conversa, Bruno pediu ao ex-presidente que falasse sobre a Lei da Liberdade Econômica e os benefícios para as micro e pequenas empresas, ao que o ex-presidente respondeu com um exemplo: “Se um cidadão queria vender cachorro quente na rua, a prefeitura podia sentar em cima e levar semanas, meses para aprovar. Com a aprovação da lei, em 30 dias a prefeitura concede e concedido está”.
Bolsonaro também afirmou que amadureceu em Orlando, onde está desde o dia 30 de dezembro, e agradeceu o apoio que tem recebido na cidade. Ele pontuou que a maturidade política da população americana é maior que a do Brasil e disse que os brasileiros que vão para lá trabalhar e investir podem, depois, trazer suas experiências e aprendizados para o Brasil.
Outro tópico destacado durante a conversa foram as eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 2024. Bruno Portigliatti fez uma breve explicação sobre o sistema eleitoral local, falando sobre a existência dos 538 eleitores do colegiado presidencial: “Esse sistema permite que exista representatividade para o país inteiro, para que todos os estados, independentemente do tamanho, decidam as eleições. Se não fosse assim, apenas os quatro estados mais populosos decidiriam”. Ele reforçou que nem sempre o resultado do voto popular se repete no voto por estado. “Na última eleição, Biden ganhou no voto popular e no voto por estado. Mas, na eleição de 2016, o Trump não ganhou no voto popular, mas ganhou no voto de cada estado. Se esse modelo fosse seguido no Brasil o senhor não seria o ex, mas o atual presidente do Brasil”, disse se referindo a Bolsonaro.
Tendências macroeconômicas entre Brasil e Estados Unidos
Na sequência, foi a vez do economista Ricardo Amorim subir ao palco para uma palestra. Ele falou sobre a pungência da economia brasileira, destacando que a economia do Peru, por exemplo, é menor que a do bairro do Itaim Bibi em São Paulo. “Países emergentes grandes são poucos. Países emergentes com baixo risco político só tem um: o Brasil”, afirmou.
O especialista destacou também que o estado da Flórida tem uma grande importância e potencial: “Eu diria que a Flórida é a capital da América Latina. Mas proporciona não apenas negócios para fora, para outros países da região, mas cada vez mais para dentro dos Estados Unidos também”.
Embora tenha destacado a força da economia brasileira, como a economia várias vezes maior do que a de outros países da região, como Chile e Argentina, Amorim também observou que em muitos aspectos o Brasil está atrás. “Em termos de infraestrutura o Brasil está mais perto dos piores do que dos melhores. São necessárias muitas melhorias em infraestrutura, o que também oferece oportunidades”, disse.
O economista se mostrou otimista em relação às perspectivas das economias americana e global. “Há três, quatro meses, estava bem mais preocupado do que estou agora. Isso porque o risco de recessão diminuiu. Lógico que não é possível afirmar com certeza que ela não irá acontecer, mas as chances caíram bastante”, afirmou Amorim.
Ele explicou que os Estados Unidos, historicamente, quando têm grandes altas de inflação têm movimentos recessivos, que são derivados das iniciativas para controlar o cenário de alta nos preços. “A inflação caiu bem mais do que em outras ocasiões e a recessão não veio. Os números da economia americana estão indo muito bem. Vale observar que o país em que a inflação mais caiu foi o Brasil. Isso porque a inflação chegou antes ao Brasil e as medidas começaram a ser tomadas antes dos outros países. Então estamos saindo antes do problema também”, pontuou.
Ricardo Amorim defende que estamos em um ciclo econômico puxado por países exportadores de commodities. No caso do Brasil, com a reabertura das empresas e indústrias na China, após as medidas de combate à pandemia, a potência asiática deve retomar com força a compra das duas principais commodities brasileiras: minério de ferro e soja. Isso deve levar a uma forte entrada de dólares no Brasil, fortalecendo e valorizando o Real. O Brasil é, não apenas o maior exportador de soja, mas o maior produtor mundial. Outro fator favorável para a economia brasileira é a entrada de investimentos estrangeiros, causada pela Guerra na Ucrânia. Em 2022, eles atingiram o maior patamar em dez anos.
Para o especialista, o agronegócio brasileiro tem uma importância muito grande, já que 40% da área que dá para plantar no mundo estão no Brasil e fora da Amazônia. “Infelizmente o Brasil é visto como um vilão ambiental, o que está longe de ser verdade. Somos o Brasil que mais protege áreas, considerando reservas dentro das propriedades rurais, reservas indígenas e áreas protegidas. Estamos muito à frente do segundo colocado, que são os Estados Unidos”, esclareceu. Além disso, o Brasil é o país emergente com a matriz energética mais limpa: “E se tornará ainda mais limpa com o crescimento das matrizes solar e eólica. Havia muitos anos que eu não ia para o sertão nordestino e fiquei muito chocado positivamente. Eu estive lá há 30 anos e eu não sabia o que era miséria. Agora, graças às pequenas plantas de energia eólica, uma série de mudanças sociais importantes estão acontecendo. Elas chegavam e o lugar não tinha absolutamente nada. Eles investem, dão treinamentos e ensinam a ter um produto local, precificar, negociar, digitalizar e vender”.
O evento trouxe insights positivos para as pessoas presentes. Dr. André Linhares, advogado de imigração que assistiu as palestras do SA Summit afirmou que “um evento desse porte em Orlando nos mostra a força e a importância que a comunidade brasileira, que só cresce na cidade, tem. Como advogado especializado em imigração constato esse crescimento todos os dias, mas ver empresários e líderes reunidos nesta sala, discutindo tendências macroeconômicas entre Brasil e Estados Unidos foi bastante interessante”.
Carol Sousa destacou que a ideia é que o SA Summit aconteça todos os anos e que o evento “seja uma ferramenta para tornar os empreendedores e empresários mais eficientes na captação de oportunidades nos EUA”.
O SA Summit teve patrocínio da WRA Business & Real Estate, We Plan Immigration, Linhares Immigration Law Firm, Cava Meaningful Connections e Fred Business Law.
Sobre a SA Finance & Accounting
A SA Finance & Accounting é uma empresa de finanças e contabilidade especializada em ajudar clientes a solucionar desafios de negócios complexos, entendendo suas necessidades e apresentando as melhores alternativas. A empresa quer ser uma ferramenta relevante no processo de tornar empresários e executivos nos EUA mais eficientes, impactantes e preparados para enfrentar e usufruir do potencial de operar negócios num país como esse. Sua atuação gera resultados finais verificáveis e de qualidade, proporcionando relacionamento de longo prazo com seus clientes. A empresa atende clientes não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro, incluindo estrangeiros em solo americano, expatriados e com dupla nacionalidade, projetos de corporações iniciantes e empresas de pequeno e médio porte. www.safinacc.com
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