
No último dia 11 de novembro, São Paulo foi palco de mais uma edição do POD Ser Pauta — A conversa que vira pauta, idealizado e conduzido por Cris Moraes, assessora de imprensa, PR e mentora de comunicação, com mais de 20 anos dedicados à construção de reputações e boas histórias.
A apresentação ficou por conta da jornalista Juliana Munaro, que conduziu o público ao longo do dia com precisão, leveza e o olhar apurado de quem vive a comunicação na prática.
Este ano, o evento ganhou um presente especial: um cenário assinado pela SOLDOUT, que desenvolveu uma ambientação inteiramente alinhada à identidade da marca da Cris — um espaço pensado para comunicar antes mesmo da primeira fala, reforçando presença, propósito e conexão, pilares que sustentam o trabalho da CM ao longo de sua trajetória.
Com painéis inspiradores e convidados ilustres, o encontro foi um mergulho profundo nas tendências que estão moldando o futuro da comunicação e da assessoria de imprensa.’’
Para a nossa anfitriã, Cris Moraes, o fio condutor que uniu as 10 conversas do dia acabou sendo a tríade: escuta, conexão e presença. Cris comenta: “Enquanto eu fazia a curadoria, que mais parecia um grande quebra-cabeça, mais eu percebi que no fim tudo se cruzava num mesmo ponto: a importância de ouvir o que ainda não foi dito.”
Seja falando de IA, autenticidade, liderança ou personalização, o consenso é que a tecnologia só faz sentido quando há propósito e sensibilidade.
A seguir, confira os principais insights e aprendizados que farão sua estratégia de comunicação e media training atingir novos patamares.
Criar é escutar o que ainda não foi dito

O primeiro painel trouxe uma tríade poderosa: Petria Chaves, Catita silva e Peco Porto, que falaram sobre criatividade, presença e o papel da intuição no processo de criação.
Foi uma conversa sobre ritmo, pausa e sensibilidade. Peco instigou: “A provocação é a base de qualquer bom roteiro.” Já Catita lembrou que “a gente não cria só quando está produzindo, a gente cria quando está vivendo.” E Petria completou com sabedoria: “Tempo de escuta é o caminho para uma boa comunicação.”
Mais do que um debate sobre criatividade, o painel foi um lembrete de que boas ideias nascem do olhar atento e da escuta verdadeira — com os outros e consigo mesmo. Pegue um café, sente com calma e assista no YouTube ou ouça no Spotify e no Deezer.
A voz que convence e conecta

Logo depois, Julio Cesar Fernandes, Juliana Benatti e Maurício Noriega assumiram o palco para discutir o poder da voz na era dos ruídos.
O trio mostrou que falar bem não é o mesmo que comunicar-se bem e que o verdadeiro impacto nasce da intenção e da escuta ativa.
Juliana lembrou que “um bom comunicador precisa ser primeiro um bom ouvinte”, enquanto Noriega destacou que “não existe uma única forma de comunicar, existe a forma certa para cada canal.” Já Julio resumiu o espírito do painel ao dizer: “Saímos da era da idealização e estamos na era da identificação. As pessoas querem ser vistas e ouvidas.”
Foi uma conversa permeada por experiências pessoais e profissionais, mostrando que a comunicação que convence é, antes de tudo, a que conecta.
Equilíbrio é o novo luxo

Antes do primeiro talk do dia, Bárbara dos Anjos Lima, Dra. Daniela Jobst e Geovana Pagel trouxeram um respiro necessário. O painel sobre bem-estar e autenticidade lembrou que não há performance sem equilíbrio e que saúde não é apenas ausência de doença, mas presença de consciência.
“O equilíbrio está em entender que saúde não é só física, é emocional, social e mental”, pontuou Bárbara. Daniela completou: “Bem-estar não se constrói sozinho. Se constrói com informação, suporte e escolhas conscientes.” E Geovana fechou com uma fala que ecoou no auditório: “Bem-estar não é sobre perfeição, é sobre sustentar uma vida real, com presença e autenticidade.”
Um painel que inspirou o público a repensar o ritmo e o significado de bem-estar em tempos de pressa.
A arte de se comunicar de verdade

Encerrando a manhã, o palco recebeu Bianca Rinaldi para um talk intimista que ganhou ainda mais profundidade com a participação de Bárbara dos Anjos, que trouxe à tona seu olhar questionador de jornalista para explorar não apenas a trajetória da atriz, mas também sua relação com a imprensa.
Bianca relembrou que sempre cultivou uma relação de muito respeito com jornalistas, algo que aprendeu ainda no início da carreira, com a própria Xuxa. Ela contou que faz questão de chamar as pessoas pelo nome, responder perguntas com atenção e manter uma postura de abertura. “Eu sempre me dei muito bem com a imprensa. Aprendi a respeitar desde cedo, e isso veio muito da Xuxa”, afirmou.
Entre bastidores, vulnerabilidade e autenticidade, o talk evoluiu para um papo sobre vida financeira, tema que surpreendeu e aproximou ainda mais o público. Falamos sobre organização, escolhas e planejamento, o que abriu caminho para mencionar uma das apoiadoras do evento, a Palas Capital, comandada por Sandra Blanco, referência no mercado financeiro e mulher cuja trajetória cruza com a de Cris desde os tempos da Expo Money, que voltará com tudo em 2026. E, já que planejamento também passa por pequenos gestos, encerramos com leveza, brincando que um bom começo seria economizar e aproveitar os quitutes deliciosos oferecidos pela Miloca no intervalo.
Foi um talk que atravessou carreira, postura, presença, consciência e mostrou que, diante das câmeras ou de si mesma, Bianca se comunica com verdade, gentileza e propósito.
Entre o release e a reputação

A tarde do POD Ser Pauta começou com uma pausa deliciosa: a degustação dos sorvetes Los Los, em especial, os três lançamentos espetaculares: Açaí, Dubai e Spekuloos. Com a cabeça refrescada – e, como dissemos, “cabeça fria” – partimos para um assunto mais árido, mas fundamental: as boas práticas para quem trabalha com assessoria de imprensa.
O evento, então, seguiu com uma sequência de painéis que aprofundaram reflexões, provocaram insights e mostraram, na prática, como a comunicação está evoluindo. O primeiro painel abriu espaço para o olhar estratégico do PR: Como construir reputação em tempos de excesso de informação? Como fazer com que marcas sejam compreendidas sem perder a verdade do que representam?
Leandro Sobral trouxe essa reflexão com a precisão de quem vive o dia a dia da comunicação corporativa. Lembrou que “comunicação estratégica é consistência, cuidado e visão de longo prazo”, reforçando que reputação não nasce de um único movimento, mas do conjunto de escolhas intencionais.
Esse momento do evento reforçou que, mesmo em uma era tomada por dashboards e análises, nada substitui a sensibilidade humana. Métricas guiam, mas histórias é que transformam. Tecnologia ilumina, mas pessoas é que conectam.
Foi um talk sobre responsabilidade, narrativa e alinhamento, porque, no fim, toda comunicação deve ser um convite, não um ruído.
Elas lideram, elas inspiram

Na sequência, o palco recebeu Isabela Raposeiras, Jozi Lambert e Thais Costa, três mulheres que carregam suas marcas com alma, coragem e vulnerabilidade. Isabela trouxe uma fala que cortou o ar e arrancou reações espontâneas: “A maioria dos cafés mais bem avaliados são torrados por mulheres, porque a gente não se dá o direito de ser medíocre.”
Jozi, por sua vez, lembrou a necessidade urgente de descomplicar o humano: “O óbvio precisa ser dito. Seres humanos não são máquinas.” E juntas, elas reforçaram algo que se tornou quase um senso comum ao longo do dia: liderança feminina não é sobre ocupar espaço, é sobre transformar o espaço.
E Thais completou o trio trazendo uma perspectiva poderosa sobre carreira, maternidade e liderança. Ela mostrou, com honestidade, que é possível sim liderar e ter família, mas que isso exige consciência, presença e um olhar humano para si mesma. “Eu vivo o meu trabalho e não tem como não levar isso pra casa”, confessou, em uma fala que tocou muitas mulheres da plateia.
Juntas, as três reforçaram algo que se repetiu ao longo do dia: liderança feminina não é apenas ocupar espaço, é transformar o espaço enquanto se transforma por dentro. Esse momento foi seguido por um breve break, a oportunidade perfeita para recarregar as energias com um super lançamento da Coffee Lab e se deliciar com a famosa Banoffee da Nanica.
Orgânico ou patrocinado? Um equilíbrio que não pode mais ser adiado

O painel com André Max, Flávia Antunes e Regina Fogo escancarou uma das conversas mais importantes para quem trabalha com marcas hoje: autenticidade e performance não precisam disputar território.
Flávia trouxe a frase que virou guia para criadores, empresas e times: “Mais do que viralizar, é preciso criar relevância, consistência e intenção.” André completou, de forma precisa, o que muitos ainda hesitam em dizer: “Orgânico e patrocinado não são rivais, são ferramentas. O segredo está em saber quando usar cada um.” E Regina selou a conversa: “O orgânico constrói relação, o patrocinado amplia o alcance. Juntos, funcionam melhor.”
Entre o impulso e a intenção – Quando as cores também comunicam

No talk com a Consultora de Imagem e Estilo Caroline Cardoso, a comunicação deixou de ser apenas discurso e virou sensação. Carol trouxe a força das cores como parte do posicionamento e lembrou algo que todos sabem, mas poucos aplicam: “Toda cor carrega um comportamento. A paleta de cores certa transforma presença em posicionamento, mas a escolha da cor em um momento importante pode fazer a diferença, mas precisa conversar com quem eu sou.”
Humanos, dados e conexões: o futuro escrito a várias mãos

Com Fabiane Abel, Danielle Ricci e Romulo Carvalho, o painel sobre influência e IA trouxe um olhar maduro para o tema. Ficou claro que a tecnologia não substitui a humanidade, potencializa.
Foi um momento em que métricas, inteligência artificial e storytelling se cruzaram, reforçando que comunicação guiada por dados só é realmente forte quando vem acompanhada de sensibilidade, escuta e contexto.
A coragem de se ouvir

Um dos momentos mais emocionantes do dia veio com Kíria Meurer. Ela trouxe uma história vivida durante uma gravação do Globo Repórter: ao subir um vulcão, seu corpo congelou. Entre o medo e o silêncio, encontrou sua própria voz. Descobriu que a comunicação interna — aquilo que contamos a nós mesmos — é o primeiro passo para comunicar ao mundo.
Kíria lembrou que estar diante da câmera exige técnica, mas estar diante de si exige coragem: “É a história que contamos para nós mesmos que sustenta nossa voz no mundo.” No silêncio do topo do vulcão, ela aprendeu algo que autenticidade não nasce no discurso, nasce na verdade interna.
Conexões que atravessam
Ao longo de toda a programação, uma linha se repetia, costurando cada fala: presença. Presença no ouvir, como lembrou Juliana Benatti ao dizer que “um bom comunicador precisa ser primeiro um bom ouvinte.” Presença no sentir, como reforçou Bianca Rinaldi: “Dentro ou fora de cena, a gente só se conecta quando fala do que é real pra gente.”
Presença no mundo, como relembrou Julio Cesar Fernandes ao afirmar que “saímos da era da idealização e estamos na era da identificação. As pessoas querem ser vistas e ouvidas.” E presença em nós mesmos, porque, como disse Petria Chaves, “tempo de escuta é o caminho para uma boa comunicação.”
Foi um dia inteiro para ouvir mais, viver mais e comunicar melhor.
Entre cafés, sorrisos e conexões reais

Entre um painel e outro, o público teve a chance de viver experiências que traduzem o DNA do evento. O aroma do Coffee Lab, os lanchinhos da Miloca, o banoffee da Nanica, os sorvetes da Los Los e os mimos da Sou Voe para palestrantes e participantes, criaram um ambiente acolhedor, feito para conversar, pausar e reconectar.
Cris fez questão de agradecer aos parceiros que ajudaram a tornar o encontro possível: Press Manager, SoldOut, Palas Capital, FNGV Advogados e CazaChic — marcas que, assim como o POD Ser Pauta, acreditam em comunicar com alma e propósito.
E, mesmo que o evento tenha terminado, a conversa está longe de acabar. Os painéis e talks já estão sendo disponibilizados em vídeo e áudio, para quem quiser reviver — ou descobrir — as histórias que movimentaram essa edição. Para acompanhar bastidores, reflexões e novidades da próxima edição, siga o POD Ser Pauta no Instagram (@podserpauta) e a criadora do projeto, Cris Moraes, em @crismoraes.pr. Porque boas conversas não terminam quando o evento acaba. Elas continuam, se desdobram e seguem virando pauta.
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