Especialista explica como a diversidade com ambiente inclusivo impacta o futuro dos negócios e por que o tema precisa estar na estratégia do negócio
A diversidade é um termo que há anos está dentro e fora das empresas, mostrando que o fator humano importa para as organizações e, mais do que isso, para os resultados positivos nos negócios. Isso se deu principalmente pelo avanço da agenda ESG e pela pressão do mercado financeiro, investidores e consumidores para que a pauta estivesse nos conselhos, relatórios de sustentabilidade e fosse base até mesmo para a relação de fornecedores de uma companhia.
O impacto da diversidade no financeiro
O impacto global dessas transformações se revelou no sucesso dos negócios e deixou de ser um tópico abordado pela área de recursos humanos. Atualmente, são um fator decisivo para o bom desempenho financeiro das organizações. Uma pesquisa realizada pela Deloitte confirmou essa afirmação e mostrou que organizações com cultura inclusiva têm:
- 2 vezes mais probabilidade de atingir ou exceder metas financeiras;
- 3 vezes mais probabilidade de ter alto desempenho;
- 6 vezes mais probabilidade de serem inovadoras e ágeis;
- 8 vezes mais chances de obter melhores resultados de negócios.
Diversidade + inclusão = melhor desempenho
“Além do impacto na receita das organizações, vemos que existe uma relação entre felicidade e indicadores de desempenho nos negócios. Pessoas colaboradoras mais felizes em suas ocupações geram maior lucratividade, maior produtividade, menor turnover e, consequentemente, menos afastamentos por doença, um dos grandes problemas nas companhias quando falamos sobre saúde mental corporativa”, explica Cris Kerr, especialista em Diversidade, Inclusão, Equidade e Pertencimento (DIEP) e CEO da CKZ Diversidade.
Segundo Cris Kerr, autora de dois livros sobre o assunto, a DIEP tem um papel fundamental no aumento da felicidade no ambiente de trabalho, assim como na forma como as pessoas colaboradoras se sentem pertencentes ao meio. “Na busca por melhores resultados, muitas empresas aderem a vagas afirmativas, contratações de pessoas negras e outras ações imediatas de diversidade, mas não investem na outra ponta: a inclusão. Muito mais do que atrair bons talentos para as empresas, precisamos reter essas pessoas e ajudá-las a se desenvolver. Isso só é possível por meio do pertencimento”, acrescenta Cris, que é uma das pioneiras a trazer o tema para a discussão no Brasil.
Diversidade no mercado de trabalho brasileiro
O cenário de DIEP no Brasil ainda segue a passos curtos e a representatividade de pessoas negras em alta liderança está estagnada. Quando se trata da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, apesar da Lei de Cotas, menos de 1,5% das pessoas estão hoje empregadas formalmente no país. Já entre as mulheres, a ocupação nas cadeiras dos conselhos de administração é de apenas 15,9% e a diferença salarial geral pode chegar a mais de 20%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A CEO e fundadora da CKZ afirma que os resultados financeiros são notórios para as empresas que se comprometem com a diversidade e inclusão, já que a pauta se consolida como um pilar estratégico dos negócios que caminham para a inovação, sustentabilidade e transformação organizacional.
“Organizações com mais diversidade e ambientes inclusivos são mais lucrativas e relevantes para investidores, consumidores e para os melhores talentos do mercado. Portanto, se as empresas não sabem como começar, o primeiro passo é abrir o diálogo e engajar principalmente a alta liderança masculina para essa transformação, pois a diversidade e a inclusão são imperativos para os bons negócios, agora e no futuro”, finaliza Cris.
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