Ela vem evoluindo e sendo aplicada nas mais diversas situações, como geração automática de imagens e textos, medicina e sustentabilidade
A tecnologia vem impactando cada vez mais as nossas vidas, e a tendência é que novos problemas e novas soluções sejam criadas com o avanço tecnológico. O destaque para 2023. e muito provavelmente para os próximos anos também, fica por conta da Inteligência Artificial, uma série de sistemas de computador que tomam decisões complexas de forma autônoma, estando em constante evolução.
“A AI faz coisas que as pessoas fazem, mas de forma mais rápida, eficiente, barata e melhor. Ela já está nos algoritmos das redes sociais e até mesmo nos corretores automáticos dos celulares”, explica Andrea Rios, especialista em Omnichannel, fundadora da Orcas e professora no MBA Live da Fundação Getúlio Vargas.
Confira os principais pontos de evidência para 2023:
Uso da AI na medicina: atualmente, 18 medicamentos utilizaram análises de AI antes de entrarem no atual estágio dos testes clínicos, ampliando a previsibilidade de resultados e a segurança dos ensaios. A BioNTech, que desenvolveu uma das vacinas contra a Covid em conjunto com a Pfizer, utilizou AI para identificar variantes de Covid de alto risco meses antes de a OMS conseguir rastreá-los.
Reconhecimento de fala: as técnicas de reconhecimento de fala são testadas e usadas há muito tempo, no entanto, elas seguem apresentando uma grande quantidade de falhas. A AI deve ajudar a resolver estes problemas, com a evolução da Alexa e da Siri, por exemplo.
Geração automática de imagens, textos, conteúdos e artes: diferentes startups que utilizam AI para geração de imagens estão sendo criadas, como a Dall-E e a Midjourney. O usuário insere um texto e em segundos o sistema gera uma imagem, totalmente virtual. Além disso, a AI já está evoluindo para a geração de textos em formatos pré-determinados, está sendo usada também em coberturas jornalísticas simples, como boletins esportivos. Em breve deve ser possível fazer o mesmo com vídeos.
Gestão de risco e confiança em AI: o uso cada vez maior da Inteligência Artificial deve gerar uma grande preocupação com segurança, ética, confiabilidade, eficácia e privacidade de dados. “De acordo com a Gartner, a previsão é que até 2026 as empresas que focarem em questões de transparência e confiança devem perceber uma melhoria de 50% na AI, em relação ao crescimento da adoção da tecnologia, confiabilidade de metas de negócios e aceitação do usuário”, explica Andrea.
AI adaptável: a AI deve se tornar autoadaptável, ou seja, utilizar os conhecimentos e experiencias passadas de pessoas e máquinas para fazer mudanças em tempo real, se adequando melhor às necessidades daquele momento. “A tomada de decisões deve se tornar cada vez mais conectada e contínua, variando de acordo com o contexto daquele momento específico”, pontua a especialista.
Superaplicativos: as empresas devem investir cada vez mais nos chamados superapps, que incluem uma série de funcionalidades dentro de um mesmo aplicativo. Um exemplo disso é a possibilidade de fazer transferências bancárias em um aplicativo de mensagens, não sendo necessário ir para o aplicativo do banco.
Metaverso: o metaverso reúne diferentes tecnologias em um ambiente virtual, permitindo unir pessoas distantes em um mesmo espaço, o que é particularmente interessante em termos corporativos. Apesar do metaverso ainda estar em seus estágios iniciais, a previsão da Gartner é de que até 2027 mais de 40% das grandes organizações em todo o mundo usarão tecnologias relacionadas ao metaverso.
Sustentabilidade: os líderes das empresas vêm priorizando a sustentabilidade. Os esforços devem ser orientados para as áreas ambiental, social e de governança, contemplando os três pilares do ESG. A AI – mais uma vez – assim como os serviços de armazenamento em nuvem e a automação, são grandes aliadas nesta busca pela sustentabilidade, conferindo redução de impactos e dando aos consumidores o poder de conferir e rastrear as metas de sustentabilidade e a pegada ecológica das marcas.
A especialista em omnichannel Andrea alerta, no entanto, que a tecnologia não é capaz de substituir pessoas. “A AI, por exemplo, funciona com base em algoritmos, que são instruções para uma tarefa repetitiva, como selecionar palavras e caminhos. Os seres humanos têm sentimentos e sensações, que não são reproduzíveis por máquinas, as pessoas querem ser atendidas por pessoas, interagir no mundo real e ter experiências prazerosas e harmoniosas. Este é o futuro”, resume Andrea.
Sobre a Orcas
Orcas é uma consultoria martech que reúne experiência com a inovação. Oferece soluções de negócios e tecnologias em omnichannel, além também de soluções em capacitação com treinamentos, workshops e palestras. Ajuda empresas na gestão e construção de estratégias de marketing e canais com um modelo de operação centrada na experiência do cliente. Tem como missão ajudar empresas e pessoas a inovarem com vantagens competitivas sustentáveis.
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